19 de jan. de 2020

Lisboa, Barcelona e Paris - relato de um turismo não convencional



Foram 14 dias, 5 cidades, 3 países, 5 deslocamentos aéreos diferentes, ônibus, metrôs, trens, caminhadas, ciclismo e muita cultura, troca, interação, diversidade, emoção, deleite!!!!!
Escrever sobre esta nossa experiência parece que não tem fim, pois ainda estamos digerindo tudo que vivemos e que nos faz voltar a nossa cidade ainda mais cientes de que estamos neste mundo para isso: aprender a ser!!!!!
Neste sentido, o turismo se constituiu como uma espécie de troca em que foram estabelecidas reciprocidades, onde o objetivo não foi consumir e beneficiar a nossa alma, intelecto ou usufruto qualquer, mas uma atividade de interação em que deixamos também um pouco de nós, seja em cada gesto, olhar, apreciação, contemplação, energia, disponibilidade, paixão, saber, afeto...
Conversar em línguas diferentes, tentar entender o outro nativo e os imigrantes que lá estavam, os monumentos, a história, a cultura  se constituíram em experiências ímpares de tentativa dialógica intercultural.
Em Lisboa encontramos algumas variedades de cenário e comportamento. Parte da Lisboa turística tem pessoas ávidas por faturar no comércio com os que vão lá visitar. Belos Monumentos e muita proximidade com a nossa Salvador. Ruas estreitas com ladeiras, escadarias, e arquitetura barroca que no frio do inverno combinaram com um clima romântico complementados pelo fado e vinho. Um saudosismo na alma e um clima de nostalgia no ar.

Na Lisboa moderna a beleza natural do Rio Tejo contrastou com avenidas mais largas e construções mais atuais. 
Muitos imigrantes de diversas partes do mundo, artistas locais e brasileiros se confundiram com as praças e monumentos embalando artes das mais diversas, como esculturas, pinturas e músicas.
Conterrâneos nossos iniciando a carreira Lisboeta, muitas vezes, em bares, restaurantes e lanchonetes; seja atendendo ao público,  cantando ou tocando um instrumento.
Transportes seguros e de fácil acesso facilitavam a locomoção com  quatro linhas de metrô que cortam toda a cidade além de comboios e ônibus que também prestavam bons serviços.
Uma cidade segura, com isolados incidentes de furtos e muitas pessoas querendo ganhar a vida atraídos por segurança, escolas, lazer e serviços públicos de qualidade.
Na política atual de inspiração socialista muitos se sentiam contemplados, outros nem tanto, mas a maioria concorda que está melhor do que estava e apostam em melhorias futuras.
Sintra, cidade próxima de Lisboa, respirava histórias medievais com inúmeros castelos de arquitetura moura situados em toda a região, diante disso tivemos que fazer escolhas e escolhemos apreciar o Castelo dos Mouros. Seguindo adiante fomos a praias de Cabo da Rocca com um pôr do sol cinematográfico e soubemos da beleza de Caiscais que não tivemos a oportunidade de visitar.




Palavras curiosas circulavam no vocabulário do povo, muito similar, outras vezes com sentidos bem diferentes do português do Brasil. Um "pequeno almoço", por exemplo, significava um café da manhã.
As estações de trem ou metrô tinham " paragens" bem sinalizadas.
Quartos para alugar foram conseguidos com valores acessíveis.
No primeiro dia 03/01/2020 passeamos por São Cristóvão, Praça da Filgueira e subimos ao  Mirante que dava acesso ao Castelo de São Jorge após um almoço típico português.
Nesta mesma noite visitamos a Praça do Rossio, o Arco central, a Praça do Comércio, O Rio Tejo e assistimos a um belo Show de fado na Rua Augusta.
No Segundo Dia visitamos o Mosteiro dos Jeronimos, a Praça do Império, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém e aproveitamos para ver exposições no 
Centro Cultural de Belém e no Museu de Arte de Popular. No primeiro estavam acontecendo belas exposições de Arte Moderna e no segundo uma exposição de "cestaria" onde pudemos conversar com duas grandes profissionais locais que muito nos ensinaram sobre a história portuguesa.






Nesta noite fomos para o Bairro Alto e caminhando até lá passamos pela praça Luis de Camões. Ao chegar ao local  pudemos apreciar a culinária tailandesa, seguida de um som de atualidades cantado e tocado por um talentoso músico brasileiro.


Nossos dias seguintes foram embalados por Sintra e pela visitação ao Teleférico e Oceanário. Este último resguardava um trabalho primoroso sobre toda fauna e flora relacionadas com os oceanos retratando uma variedade imensa de  espécies e regiões, incorporando até pinguins e lontras com seus habitats  reproduzidos para que os animais se sentissem cuidados em suas necessidades.





Em Barcelona outra realidade: a cidade, extremamente organizada por octogonais, tinha avenidas muito largas, bem sinalizadas e muitas pistas de ciclismo/patinete.
Em relação ao posicionamento político conversamos com pessoas que queriam a independência  da Catalúnia em relação Espanha, pois elas não concordavam com Monarquia e os altos impostos  e lamentavam por haver presos políticos que foram presos apenas por defenderem a Independência.  
Diferente em  muitos aspectos do espanhol, a língua catalã foi acessível a nossa  compreensão. Lá também tinham muitos imigrantes, nem sempre bem aceitos pela população.
A sensação de olhar para as ruas de Barcelona foi de estarrecimento e contemplação: tudo ao redor revelava arte e poesia. Cada prédio uma primorosidade de nos deixar perplexos. As obras de Gaudí conviviam com tantas outras em prédios e monumentos inspirados na natureza, religiosidade e originalidade: La Pedreira, Basílica da Sagrada Família, Parque Guel, Casa Batlô e tantas outras obras são para os mais refinados apreciadores degustarem formatos, combinações e simbologias e continuarem pensando sobre isso e tentando depurar a quantidade e multiplicidade de estímulos ofertados. 







Passear pela orla de bicicleta pelo Park Olimpic teve um sabor de simplicidade e sofisticação. Na parte da orla que dava acesso a avenida um centro olímpico com pessoas de todas as idades, aliado também a uma zona universitária. Na parte de baixo iates e barcos com os mais variados e sofisticados restaurantes, ricamente decorados, para apreciadores de todas as parte do mundo....



O Bairro Gótico revelou uma riqueza sem igual, Rambla, Catalunya e sua história ricamente narrada no Museu Marítimo, nos fizeram pensar em muita história de opressão, invasões, criações, trocas...


Finalmente pudemos apreciar Paris em um momento atípico: greve de vários setores por descontentamento com um governo direitista impondo a população a reforma previdenciária. Os franceses, bem politizados, não permitiam que fossem retirados os direitos e se manifestaram de forma inteligente.
O Sistema de transporte estava funcionando em determinados horários com apenas 20 por cento do seu funcionamento.
Isso acarretou com que o nosso passeio fosse bem atípico e que conhecêssemos a região com bastante caminhadas e respeitando os horários de funcionamento dos transportes locais.
Tivemos que utilizar nosso pouco inglês e espanhol para nos comunicar com os franceses que nem sempre falavam estas línguas.
Nos comunicamos também por gestos, olhares e boa vontade de alguns, especialmente imigrantes.
Assim conseguimos circular, comer comidas diferentes, passear pela feira local - do Bairro em que estávamos- e observar os produtos parisienses comercializados. 



Fomos ao Palácio do Louvre e vivenciamos uma intensa emoção que se perpetuou pelo Museu.


A Vista da Torre Eiffel, caminhada pela Champs-Élysées, com apreciação do Rio Senna e o Arco do Triunfo foram de arrepiar a alma e corpo, dado o vento frio do inverno. 








O Palácio de Versalles ,na cidade com o mesmo nome, foi uma história linda e bem desafiadora para que chegássemos lá, merecendo um capítulo a parte -desafios recheados de beleza e magnitude.



Encontramos em cada um destes lugares gente. 
Gente que vivia dramas diferentes e parecidos com os nossos, gente que chorava e ria, gente séria e alegre, gente acolhedora, gente como a gente e com suas idiossincrasias...

O que ficou nítido?

A percepção de que somos constantemente seres em evolução e que a maior riqueza está nas construções que fazemos e tecemos uns com os outros, estando sempre no começo de qualquer aprendizado!!!!!
E assim continuamos pensando em cada experiência vivida e agradecendo a oportunidade de mais esta vivência, tão enriquecedora em nossas vidas.
Que façamos o que temos de melhor: utilizá-la a serviço de todos que estão nas nossas vidas: colegas, alunos, alunas e comunidade!!!!!!
Gratidão!!!!!!

Miliane e Tassio

P.S.
Gratidão especial a todas as pessoas que nos acolheram em cada uma destas cidades:
*Lisboa/ Sintra* - Gerard, Cleia, Valverde e seus filhos, bem como cada um que encontramos pelas ruas e não boa negou um sorriso e explicação.
*Barcelona* - Maria, sua irmã e nosso colega de casa, bem como várias pessoas na rua, especialmente um casal idoso que nos acompanhou até o Palau de Boa Música, com muita disponibilidade para explicar onde ficava.
*Paris/Verssales* 
Telma que nos acolheu tão bem em sua casa e nos possibilitou a riqueza de sua história de vida e todos os franceses que nos deram tanto apoio para nossas dúvidas, especialmente um colega de Bangladesh e um senhor que conhecemos no trem.

16 de jan. de 2020

Dança -Renascimento ( Palácio do Louvre)

Quando a poesia vivifica os sentidos...
E os movimentos contornam histórias...
O Acordar de uma multidão se faz
No íntimo de mim mesma
No renascer do Sol
Da luz que dança
E emerge em esplendor

Miliane Tahira

( Sem resistir a tanta beleza....Dançando no Palácio de Versalles)

1 de jan. de 2020

Projeto primeiro Semestre de 2020

✨Qual a relação entre a energia das pedras/ cristais e o psiquismo feminino?
✨Como irradiar está energia de forma a promover a integração energética?

Estas e outras questões farão parte do Projeto de Dança do Ventre Transdisciplinar Proposto para o Primeiro Semestre de 2020.
A dança do ventre enquanto linguagem artística e integrativa por meio de projetos possibilita a mulher aprender a dança aprendendo sobre si e seu processo de ser e estar.
Permita- se esta experiência Transdisciplinar.

Professora : Miliane Tahira ( Psicóloga e mestre em Educação pela UFBA/ Professora de Dança do Ventre há 24 anos.)

*Início do Projeto: 21/01/2020*
Local: Academia de Dança Adalgisa Rolim
*Terças das 20 às 22h*

Venha fazer uma aula experimental.
Cel (71)92888372
Blog: http://milianetahira.blogspot.com
Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4241912U6
Canal YouTube : Miliane Tahira

Veja também a matéria:
https://www.google.com.br/amp/s/portaldelauro.com.br/miliane-tahira-ha-mais-de-24-anos-transformando-vidas-por-meio-da-danca-do-ventre/amp/

Arte Cartaz: Vanessa Reis