31 de jan. de 2011

Reflexões e ações

Quando um único homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de muitos milhões.
(Mahatma Gandhi)


"Sou um lago que reflete o azul do céu, embora não seja o céu.
Mesmo sendo lago, tenho o sol em meu espelho, tenho as nuvens em minha superfície, tenho a lua e as estrelas me adornando.
Vou mudando de forma, continuamente, a depender da estação do ano. 
Posso tornar-me menor ou maior, mais calmo ou mais movimentado, mais cristalino ou com águas mais turvas.
O mais importante é a riqueza que guardo em meu interior, os peixes que abrigo e a vida que habita ao meu redor, as flores que permito existir às minhas margens e as aves que vêm se encontrar e brincar em minhas águas.
Nunca serei o mesmo e sempre serei eu mesmo.
Não temo a mudança - eu a abençôo.  
E quando, mais tarde, deixar definitivamente de ser lago, minha água habitará o oceano ou o mais profundo veio da terra; meu leito será, talvez, uma floresta; e minha memória estará eternizada em todos os que se beneficiaram com meu ser inconstante."
 
(Kau Mascarenhas)   



Sua essência é algo permanente em você, nada mais... descubra-se!!!!

28 de jan. de 2011




O ELEMENTO TERRA
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É o traço prático da pessoa tanto financeiro como em termos de relacionamentos ou o saber manejar o tempo. Indica materialismo, realismo.
A terra é densa e pesada; aqueles que possuem o elemento Terra em equilíbrio são práticos, estáveis, têm senso de responsabilidade, podem ser muito prestativos e protetores, como a própria Terra. O elemento Terra governa os ossos, os dentes, a pele, as cartilagens, os músculos, os tendões e as unhas.  
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O EXCESSO DE PLANETAS EM SIGNOS DE ELEMENTO TERRA
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Terra em excesso faz com que você tenda a ser um pouco pesado(a), e só acredite no que vê e pode tocar; pode deixar você um tanto apegado(a) aos valores pragmáticos. Há uma tendência a ser fleugmática e excessivamente prático. Pode tornar-se utilitário(a), avarento(a), observar as aparências; obsessão no trabalho. Materialista que não tem noção das suas ações. Pessimismo, visão estreita. Quer mais satisfação.

Tendências
O excesso de Terra poderá manifestar-se em morosidade, letargia, corpo pesado e rijo, falta de exercício, insensibilidade e depressão, ficando a pessoa excessivamente preocupada com os valores materiais, lenta em perceber novas idéias e arraigada a seus pensamentos e padrões de hábitos.

Para Equilibrar o Excesso de Terra
Os exercícios de qualquer tipo poderão ajudar a equilibrar o excesso de Terra.
Alimentos condimentados e a utilização de ervas, como a pimenta malagueta e o gengibre, poderão criar mais fogo no corpo;
Cores fortes como o amarelo e o alaranjado vivos auxiliarão a energizar o excesso de Terra; Cristais como a Cornalina, a Hematita, a Rodocrosita e as Ágatas brilhantes serão benéficos; Os remédios florais como o Chestnut Bud, e o Chicory, quebram velhos hábitos, e o Oak e o Mustard aliviam a depressão  (use com acompanhamento do seu terapeuta).
Na medicina Chinesa, a madeira controla a terra, e o estímulo do fígado e da vesícula biliar (órgãos da madeira) através dos meridianos da acupuntura, pode ajudar a equilibrar o excesso de Terra.  
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A FALTA DE PLANETAS EM SIGNOS DE ELEMENTO TERRA
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Você pode se sentir como se não tivesse nenhum lugar para ficar; acha difícil encontrar um trabalho que o(a) satisfaça. As necessidades físicas parecem ser secundárias (esquece de comer, dormir,  não se preocupa com o vestir).
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Tendências
A pessoa que tem falta do elemento Terra no mapa pode mostrar uma tendência a viver fora da realidade, no sentido de  não saber prover suas necessidade básicas ou de sobrevivência. Sem raízes, não se sente bem em estruturar e organizar e entra num mundo de imaginação porque não aceita limitações. Ignora as necessidades do seu corpo com vestir, dormir, comer, etc.
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Para Equilibrar o Excesso de Terra
Sugerimos a manipulação de argila, através de algum curso onde você possa manusear a argila e ao mesmo tempo desenvolver seu  lado da criatividade, como também mexer com plantas vai ajudá-la a segurar essa energia ou seja, estabilizar mais seu lado material.


Os exercícios ao ar livre e as técnicas voltadas à terra são importantes; andar com os pés descalços é bom para absorver a energia da Mãe-Terra. Encher a casa de plantas vai fazer você se sentir melhor (se tiver quintal), é bom praticar jardinagem);
Coma bastante grãos integrais e vegetais de raiz como batatas, abóbora, nabos e beterrabas; Use a cor verde escuro, verde tom de folhas, verde primavera e marrom ou procure tê-las em sua decoração; Deve cultivar horário regular em sua vida separando períodos para comer, relaxar, se exercitar e repousar, ou seja, aceitar limitações.
Ter pedras como Malaquita, Esmeralda, Crisópraso e Aventurina;

Usar essências florais como Clematis e Manzanita para estabilização (use com acompanhamento do seu terapeuta). 



26 de jan. de 2011

Dia 27/01/2011 - Você terá um encontro com a terra



O que é:

Workshop para pessoas que se interessam em articular em uma abordagem teórico vivencial, os princípios possibilitadores do elemento terra em suas vidas, a partir da técnica da dança do ventre, aliada a exercícios de Osho -Kundalini, bionergética e abordagem da picicoterapia analítica.

O que pretende:

Sensibilizar os participantes sobre os princípios elementares da terra no corpo/psiquismo, potencializando-o atarvés de técnicas possibilitadoras, trabalhando elementos da vida prática e transformando desejos em concretizações possíveis.

Público Alvo:

Mulheres interessadas em adentrar, através da prática e da teoria, o fenômeno natural da terra e sua correspondência corporal/psíquica.

Horário:

19:30 às 21:30

Investimento(apenas para quem não está matriculada no curso regular):

R$40,00




Participem e inscrevam-se: tarhira@yahoo.com.br

24 de jan. de 2011

Grupo Tarhira -Shows e eventos Profissionais em Dança do ventre

Grupo Tarhira - Profissional em Shows e Apresentações de Dança do Ventre

 
 
Tradicionalmente, a Dança Árabe tem como finalidade trazer alegria para o ambiente. A Dança Oriental Egípcia traz paz, plenitude, iluminação para todos aqueles que a assistem.
 
Foi inspirado no costume milenar desse povo através de sua ampla cultura, que surgiu o GRUPO TARHIRA. Trata-se de uma Cia de dança do ventre profissional coordenado por Miliane TAHIRA (Psicóloga pós-graduada em psicomotricidade e professora de dança do ventre), profissional que já consagrou coreografias de dois espetáculos teatrais baianos, um deles sendo premiado em Camaçari pelo COFIC, tendo a primeira colocação dentre 22 escolas participantes.
 
O Grupo TAHIRA é composto por seis bailarinas altamente capacitadas,  com uma variedade incrível de coreografias para levar a sua Empresa o mais bonito e agradável espetáculo Oriental.
E sabe o que é mais interessante nisso tudo?
É que o trabalho pode ser personalizado, levando em consideração Itens como: Tipo de Comemoração, perfil de clientes (idade, profissão), número de participantes, Espaço FÍSICO, enfim, todo um cuidado para que o Espetáculo tenha garantia de ser um sucesso!!!
 
Fazemos shows com durações específicas e o número de bailarinas também pode variar, tudo depende da personalização do serviço!!!
 
Bailarinas:
 
  • Miliane Tahira -Produtora e Bailarina
  • Michele Ramah -Bailarina
  • Ana Zahira -Bailarina
  • Tatiana Namíbia - Bailarina
  • Lory Rabie -Bailarina
  • Juliana Calil - Bailarina
 
Miliane Tahira


Michele Ramah


Ana Zahira


Tatiana Namíbia


Lory Rabie


Juliana Calil
 

23 de jan. de 2011

Miliane Tahira apresentou-se na 3 Noite Kerzy

Dia 21/01/2011 aconteceu às 20h, no Teatro Caballeros de Santiago, a 3 Noite Kerzy.
Evento promovido por Priscilla Belle trouxe no seu elenco inúmeros artistas locais e nacionais.



Grupo Tarhira:
  • Miliane Tahira
  • Michele Ramah
  • Lory Rabie




Nacionais:
  • Melissa(Mel) - Curitiba
  • Suellem -São Paulo
  • Flávia Kahyna - Aracajú
Regionais:

  • Priscilla Belle -Anfitriã
  • Cia Priscilla Belle
  • Beth Soares
  • Cia Beth Soares
  • Mariana Queirós
  • Cris Azevêdo
  • Lis de Castro
  • Zahra
  • Karina Oliveira
O evento foi lindo... a proposta de integrar profissionais com estilos diferentes demonstra que o cenário baiano possibilita fazer a dança uma manifetação de integração do feminino. Parabéns a todos os artistas, a Priscilla por promover e ao público que nos dá a temperatura da cena!!!!!

Abra-se para um novo universo - frequente  eventos de dança do ventre...

22 de jan. de 2011

            AFRODITE

            DEUSA ALQUÍMICA / DEUSA DO AMOR
Por: Miliane Tahira



Cultuada como uma presença “Sensual” era considerada uma “Deusa Áurea” pelos gregos antigos,
estando sempre relacionada às artes da escultura, poesia e música; ou tudo em que se configure a
presença do belo.

Atualmente estaria relacionada à indústria da moda. Conhecida pelo nome romano de Vênus, tal Deusa
caracterizaria conceitos estéticos e, se for desvinculada de outros conceitos, pode se tornar fútil e promíscua.
Por enfatizar o lado sedutor, mulheres com esse arquétipo tendem a afastar pessoas do sexo feminino,
ameaçadas por este “poder” e atrair homens que a queiram como posição de “STATUS”, pois seu mistério
e exotismo tornam-na extremamente atraente.Profissionalmente, tais mulheres são atraídas para a área artística,
de moda, relações públicas, publicidade ou Hotess.

É perceptível o seu poder de exploração e controle sobre o sexo masculino. No entanto, estará muitas
vezes fadada a condição da “outra”.Apesar de ser vinculada, inúmeras vezes, a energia breve de uma
relação passageira, por ser genuinamente sábia nos quesitos do amor, muitas vezes, torna-se uma excelente
amiga/confidente de seus amantes, promovendo um acesso a um caminho interior trazendo questionamentos,
buscas e muitas vezes, transformações positivas para quem está sob seu convívio.
Na antiguidade temos registros das hetairas ou “prostitutas” hoje temos nas queixas japonesas a
personificação deste papel. Assumem uma função na psique masculina capaz de despertar seu fluxo criativo,
inspirando-o de diversas formas, trazendo à tona a sua “ANIMA”.
Ai está a faceta feminina condenada por diversas religiões. A mulher tentadora, alquímica,capaz de abalar
a estabilidade de um homem ou uma nação, de rever seus conceitos, de vivenciar seus desejos.

GÊNESE:

Afrodite nasce dos órgãos genitais decepados de Ouranos, o pai celeste.
Pode-se traduzir simbolicamente, que a deusa guarda em si, uma postura fálica, através desua
busca sensual pela falta original da qual foi oriunda!
“Cronos", filho de Gaia (Mãe Terra), lançou no oceano os órgãos genitais arrancados de
“Ouranos”, dando nascimento a Afrodite, que emergiu da espuma marítima.
Historicamente é considerada descendente de Istar ou Inana (Deusa Sumeriana), que
era reverenciada até aproximadamente 3000 e 1800 A.C.,através de seus templos de amor,
sendo servida por sacerdotes (Quadisth).

A felicidade é essencial para a manutenção patriarcado, já que a maternidade é uma certeza e a
paternidade uma hipótese. Ora, sem a certeza da felicidade não pode se manter uma linhagem patriarcal,
voltaríamos ao matriarcado ameaçando a igreja e o estado.
Por isso, tais instituições colocam a mulher tipo “Afrodite”, á sombra da coletividade, são mulheres desejadas
e ao mesmo tempo desprezadas. Ótimas amantes, mas condenáveis como esposas.
Está explicada a divisão sagrado x profano, outrora uma única característica – ameaça ao poder masculino,
retirando toda possibilidade de dúvidas quanto à linhagem.
Suprime-se a “Grande Mãe”, esposa (Hera) x amante x (Afrodite) mãe (Deméter).
A igreja católica passa a imagem do corpo como vergonhoso/ imaculado:
mulher = terra =sujeira = sexo =pecado.
Os islâmicos colocam a mulher na condição de tentadora, vitimizando os homens.A idade média suprime
as sacerdotisas, queimando-as na fogueira, calando o amor com o medo e faz aparecer o culto
“A Virgem Maria”, purificada enquanto mãe sofredora, destituída de toda e qualquer sexualidade.
O amor é instrumento de transformação, suprimindo-o ou marginalizando a mulher tipo “Afrodite” estanca-se
qualquer possibilidade de transformação social, mantém-se a política ditatorial através do medo.

Amor: Alquimia:

Como acontece o processo de auto-descoberta através do amor?
Como o amor libera a energia criativa?
Com a paixão projeta-se no ser amado conteúdos inconscientes e desta forma podem ser vistos e elaborados
 para que a relação se mantenha.
Como o amor faz emergir conteúdos inconscientes, tira os apaixonados da letargia e promove movimento
psíquico, liberando, portanto, a energia criativa.

Revendo o papel de Afrodite

Respeitar e amar seu próprio corpo é a forma da mulher moderna trazer o papel de Afrodite longe
das exigências da mídia.
Os homens também precisam reformular sua Afrodite, percebendo a mulher como desejável dentro do
estilo próprio e singular da mesma, e não um ideal utópico.
A natureza de Afrodite é sensorial, e deve ser vivenciada dessa maneira, seja no cheiro de um perfume,
no toque de uma roupa macia sobre a pele, a contemplação do belo em uma extensão sensível e singular,
nunca deve ser aprisionada por modelos criados pela mídia.
Com a proximidade com o próprio corpo, começamos a sentir; trabalhando uma abertura de canais sutis.
Desta forma promove um encontro consigo mesma e com toda beleza do infinito universo existente em cada
um de nós. Trabalhando desta forma atinge-se um maior grau de tolerância e paciência com o mundo, pois
percebe-se o aqui e agora de tudo, inclusive de nós mesmos!

21 de jan. de 2011

Hera - Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no inconsciente feminino

Hera: A representação do poder, estabilidade e manutenção.
                                                        
  (por: Miliane Tahira)

Mitologia:

Rainha do Olimpo, por ser esposa de Zeus e ajudá-lo a governar os outros Deuses, Hera é uma Deusa extremamente respeitada, mas nem sempre muito entendida...
No hino de Homero, por exemplo, é retratada como uma esposa ciumenta e intriguenta...
Isso provém do fato de Zeus ter tido inúmeros relacionamentos amorosos, com Deusas e mortais, constituindo inclusive proles fora do matrimônio sagrado.
O único Deus oriundo deste casamento oficial foi Ares, Deus da guerra.

Representação simbólica e retratação sociológica:
-Reconhecendo Hera em si...

Como reconhecer a simbologia desta Deusa dentro e fora de si mesmo?
Todos os seres humanos tem dentro de si o potencial de ”poder”, o reconhecimento legítimo de que a capacidade de se colocar diante de tudo e todos de forma auto confiante é perfeitamente possível.
Embora na mitologia Hera revelasse um casamento infeliz, a mulher sob este arquétipo é por demasia esposa, muitas vezes em detrimento das outras funções; é comum encontrar mulheres regidas por essa Deusa em comitês de planejamento, recepções, ou qualquer ambiente em que prevaleça o status...

O modelo de parceiro buscado por elas é de homens cuja posição social elas possam se orgulhar e ajuda-los a ter cada vez mais ascensão, sentindo-se mais confortável em círculos sociais em que prevaleçam sua posição de dignidade!  Embora adore encontros familiares onde esteja rodeada por filhos e netos, o amor destes é secundário, exigindo, entretanto, respeito e reverência.

Mulheres com esta postura não precisam necessariamente nascer em famílias nobres para essa vivência hierarquizada e aristocrática, mesmo sendo originária de família humilde estará sempre no comando!

Sociologicamente, Hera representa o modelo de família patriarcal: Zeus é o pai, o chefe e provedor, vivendo conflitos constantes com sua esposa.

Segundo Themis, em A study of origins of greek religion, “Zeus abandona a verdadeira esposa-sombra, Dione(uma titanesa), (...) , em Olímpia, casa-se com Hera, uma filha do lugar. No Olimpo, Hera parece ser apenas uma esposa ciumenta e briguenta. Na realidade, ela reflete a turbulenta princesa nativa, coagida mas nunca realmente subjugada, por um conquistador estrangeiro.”

Nossa estrutura de casamento moderno ainda permanece bem semelhante à retratada no Olimpo por esses Deuses. Para o cristianismo, o casamento é considerado um sacramento cujo maior objetivo é a procriação de filhos, permanecendo patrilinear.

A idéia do amor romântico vem com os trovadores e com o culto do amor cortesão.
Vemos, portanto, a necessidade de uma integração de Afrodite (Deusa do amor) com Hera, pois trás a dimensão da vivência sexual/erótica do casamento, pois enquanto Hera cuida da estabilidade, a Deusa do Amor e da Beleza cuida do aspecto criativo capaz de manter a chama da paixão e do conhecimento mútuo tão necessários em uma relação.

Percebemos como uma Deusa precisa da outra, ou melhor, quanto é necessário que o mundo feminino seja dotado de todos os aspectos em equilíbrio para uma vivência plena:

Com Hera aprendemos a manter as coisas importantes na nossa vida, o princípio da união e a manifestação e aceitação do poder de si e do outro.
Com Afrodite aprendemos amar e mergulhar no processo criativo dentro de nós e para o outro,
Com Deméter aprendemos a cuidar, acalentar, a doar incondicionalmente para os nossos filhos reais ou simbólicos...
Com Atena aprendemos a ser justas, trabalhar e cobrar a justiça entre todos os seres, aprendemos a pensar e tomar decisões calcadas em análises...
Com Ártemis aprendemos a nos conectar com os nossos instintos, com a natureza dentro e fora de nós, a aceitar a liberdade natural, o ciclo das coisas vivas...
Com Perséfone aprendemos à arte da receptividade, a espontaneidade de uma criança e o mergulho interior que nos faz crescer, mesmo que através da dor...
E com Héstia aprendemos sobre a nossa espiritualidade, sobre o fogo sagrado e o princípio do Universo,

Finalmente com a dança do ventre aprendemos a fazer todas as Deusas dançarem a dança da integração, aprendemos que ser mulher é um dom divino e por esse princípio sagrado reconhecemos a beleza singular de cada uma das obras de arte representada por cada ser feminino.

A mulher é um receptáculo sagrado, seja de um novo ser, de idéias, de projetos, de sabedoria espiritual, de virtudes...

Ser mulher é doar-se na vida e para a mesma como serva e autora em todas as suas formas...


20 de jan. de 2011

Perséfone -Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no Inconsciente feminino

PERSÉFONE: A FILHA, A JOVEM, A GUIA
Por: Miliane Tahira


A mulher tipo Perséfone é envolta em uma aura de mistério e revela uma profunda ambivalência em relação ao mundo – simpática e juvenil; guardando, entretanto, uma profunda interiorização.
 Perséfone faz adentrar novos domínios da consciência psíquica.
 A palavra que poderia ser usada para definir tal Deusa seria: Receptividade; por isso seu caráter condutor de guia ao reino do inconsciente, mas ao mesmo tempo de sugestionabilidade.
 Para os gregos, ela era a rainha que vigiava as almas dos falecidos, mas também a jovem donzela que foi seqüestrada por Hades (Deus do Inferno), sendo levada de sua mãe Deméter.
 Mulheres com este arquétipo gostam de ficar sozinhas, tendo necessidade de isolamento. Possuem fragilidade de ego, dificuldades com método, tendendo, muitas vezes, à depressão, ou mesmo à alienação. Vivem e agem em dois mundos difíceis: o mundo frio e imprevisível do inconsciente, e o alienante mundo real.A vocação estará direcionada a escritos, pinturas, meditações, ocultismo, espiritualismo, terapias, astrologia, tarô, etc.
 A extrema identificação com essa Deusa em detrimento das demais, conduz a mulher a situações repetidas em que ela ou alguém acaba saindo machucado, pois se coloca em situação de impotência ou excessiva passividade.
 Em linguagem Freudiana, haveria “uma compulsão à repetição”.
 “Os fenômenos passam agora a serem vistos não apenas pelos olhos de Eros, da vida humana e do amor, mas também através de tânatos (...) e das profundezas (...) desvinculadas da vida”.
 O amadurecimento de Perséfone consiste em sair do papel de “vítima”, de inocente, aquela eterna menina que procura um salvador ou um príncipe encantado”, para um encontro consigo mesma através da “descida” ao mundo avernal, reconhecendo o seu caminho e o seu percurso não apenas como “destino”, mas como conduta em que ela provoca e se vê, percebendo-se e se transformando à medida que trilha o caminho do auto-conhecimento.
 Só assim ela é capaz de sair de uma natureza dúbia – integrando aspectos adormecidos da sua personalidade que lhe dariam sustentação do ego.
 Mais uma vez, percebe-se a necessidade de integração e convivência entre esses arquétipos, vistos através das Deusas, no inconsciente humano. A vivência unilateral gera doenças psíquicas, enquanto a integração promove o amor próprio e a possibilidade de expansão desse amor para tudo o mais à sua volta.
 O mito de Perséfone representa a relação entre as dualidades: superior e inferior – luz e trevas. Relação dinâmica que revela o ciclo da vida e da morte.
 Quando a Igreja fez sua “caça as bruxas”, ela também suprimiu a antiga sabedoria da Deusa, dando ligar aos temores e aniquilando o respeito.
 Dessa forma aparece a serpente má e a mulher que é frágil, sugestionável e induzida a comer a maçã.Assim, a mulher deixa de ser vista como guia, passando a representar uma costela, revelando duas facetas depreciativas: ou frágil, ou tentadora.

19 de jan. de 2011

Deméter - Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no inconsciente feminino

Deméter



                                          O Arquétipo da mulher maternal



Deusa da fecundidade, fertilidade e regeneração. É o aspecto da mulher que cuida, alimenta e acolhe. A mulher que apresenta esse arquétipo demonstra reservas aparentemente inesgotáveis de energia.

Deméter é mãe, mais que biológica, expressa uma atitude, maneira instintiva de cuidar de tudo que demonstra algum caráter de fragilidade. Aspecto dedicado, generoso, e às vezes abnegado do feminino.

Esta faceta, nem sempre representada,existe em maior ou menor grau em todo ser humano sob a fantasia da plenitude de um abraço tenro,um colo receptivo, meiguice e gratificação.

A exacerbação desse lado privaria a mulher das funções do próprio eu, vivendo exclusivamente o caráter maternal da relação.
Deméter é regida pelo amor, se perdendo no outro que assume a função de filho. Estando simbolicamente representada pela terra e natureza vegetativa.

Para os gregos era representada como a Deusa dos Cereais. Aquela que personifica os mistérios da semente, da força vital (necessidades do corpo, instintos básicos).

Tal instinto já pode ser observado desde cedo, em meninas brincando com bonecas. Tais meninas são extremamente identificadas com a mãe, independente de como esta seja.

Em parcerias amorosas, as mulheres com este arquétipo tenderá a escolher homens que assumam uma paternidade digna e confiável.

O símbolo principal da deusa era o feixe de trigo e uma única espiga de milho. Seu animal terrestre sagrado era o porco e o marinho o golfinho. 

18 de jan. de 2011

Atena -Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no inconsciente feminino

                                   Atena,
                     
                      Deusa da Sabedoria e das Artes manuais. 
                                  (Por: Miliane Tahira.).




Atena é, antes de tudo, uma Deusa relacionada à civilização, por isso esta imagem psíquica é representada por atitudes de inteligência, praticidade e extroversão.

Por ser uma faceta do feminino completamente independente, tal qual sua irmã Ártemis, ela costuma intimidar os homens. No entanto diferente desta, é atraída sobretudo pelo mundo das idéias, as discussões políticas, a justiça, do social.

Tem espírito de liderança e camaradagem sendo sempre aquela mulher que tem muitos amigos homens estando sempre disposta a trabalhar do lado dos mesmos.

Mulheres com este perfil são extremamente atraídas pelas áreas de negócios, política, direito e educação. Seu perfil bem orientado conduz a incansabilidade, coragem, lealdade, perseverança e sinceridade de propósito. Tornam-se profissionais bem sucedidas e empreendedoras.

Os homens preferidos da mulher - Atena são aqueles que têm sua feminilidade bem integrada, tornando-se companheiros leais e independentes capazes de desenvolver projetos intelectuais junto a mesma.

Mitologia e Genealogia:

Na mitologia Grega representava os mais sublimes ideais do Patriarcado, aliás, é a Deusa mais relacionada com esta instância.
Sendo a estrategista de batalhas, é a condição humana da elaboração e racionalização da emoção.

Existem vários mitos que representam seu nascimento, mas o mais conhecido é que Titã Métis (uma das deusas maternais mais antigas), ficou grávida de Zeus e este com medo de ser destronado por tal filho engoliu-a por inteiro. Daí, com o passar do tempo, uma Deusa guerreira já adulta foi tirada (soltou) da sua cabeça.

Atena foi, portanto, a única habitante do Olimpo sem uma mãe verdadeira, ficando completamente associada à sabedoria do pai.

Jung a considerou como a anima de Zeus; ou seja, a função fertilizadora que faz brotar a inteligência e conteúdos formais. A criatividade que faz emergir e solidificar tais conteúdos.


Atena aparece como uma função extremamente racional e necessária para a espécie humana, mas sua dificuldade está, muitas vezes, na negação do seu corpo, sua sexualidade.

Por sua excessiva identificação com o pai, mulheres com este arquétipo tendem a trancar os aspectos sensuais da sua feminilidade, muitas vezes sufocando-os. Como se temessem a perda da razão, preferem “sentir” com a mente e as palavras, afastando-se de suas emoções.

Assim percebemos mais uma vez que nenhuma Deusa sobrevive sozinha dentro de nós, Atena desafroiditizada negaria à mulher todo seu potencial de amor e transformação...

Sem o acolhimento de Demeter, levaria a ideais vazios...



SEM A COMPREENSÃO DE QUE AS DEUSAS VIVEM EM CONJUNTO EXPORÍAMOS O NOSSO UNIVERSO A UMA VISÃO ESTÁTICA E UNILATERAL DO MUNDO!!!


17 de jan. de 2011

Artemis - Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no inconsciente feminino

                                             Ártemis,
                                                         Deusa da Caça e da Lua.
                                                            Por: Miliane Tahira



Com o nome romano de Diana, é essencialmente ligada a natureza, possuindo uma 
natureza extremamente instintiva. Diferente de Perséfone, que intuía essência do ser 
em seu aspecto metafísico, esta Deusa “entende” os ritos do corpo físico, tendo um 
especial interesse por mantê-lo em movimento e sentir-se viva!!!

Deusa independente, é considerada “virgem”, pois não se deixa relacionar. Não é 
penetrável no aspecto simbólico, gosta da liberdade da natureza, das plantas e dos 
animais. Aliás, é no meio de uma floresta ou montanha que ela se sente em casa, não 
carecendo de companhia de ninguém, alimentando-se e sendo alimentada pelo Ermos.

Hoje temos grandes Ártemis nas práticas xamânicas, nas trilhas, nas práticas de atletismo, de mergulho,em pinturas, esculturas, etc.

Mulheres regidas sob este arquétipo têm sempre muita energia corporal, possuem um 
corpo forte e vigoroso, mesmo na melhor idade. SENDO GOVERNADA PELA 
ENERGIA VITAL. Diferente da energia sensual/erótica de Afrodite.

Muitas vezes, suas atitudes assustam os homens, pois são extremamente “bem resolvidas”e jamais abrem mão de algo por eles. Sentem-se muito bem só, buscando sempre a liberdade em suas ações.

Por sua ligação com o corpo físico/vital, tal Deusa também é considerada protetora das 
mulheres no parto, mesmo porque entende muito bem os ciclos de vida e morte, por isso
 também é considerada protetora da fauna e flora, conectando-se perfeitamente com a 
cadeia alimentar.

A consciência ecológica se dá pela noção de ser parte da natureza, e não de dominá-la. 
Desta forma, existe uma predisposição à proteção de crianças e pequenos animais, 
no intuito de manutenção e crescimento da espécie, diferindo de Deméter cujo desejo é gerar, acolher dentro de uma postura maternal.

A mulher essencialmente “Ártemis” pode parecer meio fria em suas relações afetivas com 
seres humanos, mesmo porque se coloca distante da civilização, socializar-se, para ela é 
tarefa extremamente difícil dentro de sua natureza instintiva.

Seu desafio consiste exatamente nos quesitos: relacionamento e socialização.

Ártemis não trabalhada, pode fazer uso dessa tendência solitária como uma fuga. Isola-se 
como maneira de não encarar seus conflitos de frente, divergindo nesse aspecto da 
caçadora que atinge seus alvos com precisão.

A participação de Ártemis no mundo moderno é fundamental para a percepção do todo. 
A capacidade de perceber que o que está dentro, está fora, pois somos regidos pela 
mesma natureza, pelos mesmos princípios físicos de existência.

A sua contribuição “focada” demonstra o quanto somos responsáveis pela vida como um todo; o princípio da colaboração e da participação natural das coisas.

O seu papel é essencial, pois é através de sua compreensão que passamos a compreender o ciclo de vida e de morte sem temer nenhum dos dois, entendendo que são a única e mesma coisa, um contendo o outro.

Ela nos faz descobrir e compreender que estamos entre os dois ciclos durante toda a existência...

(esse texto faz parte de outros seis desenvolvidos para as mulheres 
com as quais trabalho; o mito ajuda a formular questões psíquicas 
de difícil representação... são como sonhos... os arquétipos se prestam 
muito bem a decodificar a linguagem não racional, mas acessível ao inconsciente)


16 de jan. de 2011

Héstia: Estudando as Deusas Gregas e seu correspondente simbólico no inconsciente feminino

Héstia: Deusa da Espiritualidade, A Chama Viva

Por Miliane Tahira



Héstia é a Deusa Grega da lareira, tendo em sua correspondente romana o nome de Vesta.

Nunca fora representada por forma humana, mas sim, como uma chama viva no lar,
no templo ou na cidade. Seu símbolo era um circulo.

Deusa da espiritualidade representa o fogo sagrado que traz iluminação, calor e
aquecimento para o alimento.

Como não está associada a romances e guerras é a menos conhecida das principais
Deusas Gregas. Mas, a despeito disso, sempre foi honrada recebendo as melhores ofertas.

O arquétipo de Héstia relaciona-se à integridade e inteireza. Deusa virgem,
una-em-si-mesma, não sendo jamais vitimada pelas divindades masculinas
ou pelos mortais.

A consciência desta Deusa é enfocada em sua experiência interior, subjetiva, estando
totalmente absorvida em suas atitudes meditativas.
Seu aprendizado se dá através da intuição.

Mulheres sob este domínio podem se tornar emocionalmente imparciais ou desatentas
aos outros, muitas vezes buscando a solidão.

As atividades, sejam em casa ou no trabalho, são executadas, com inteireza e prazer, na
busca da meditação e paz interior. Entra no tempo Kairós “participando no tempo”
e não preocupada com o mesmo.

Quando o caráter da “sábia anciã” está presente, os acontecimentos são vivenciados
de forma diferente da usual, sentindo-se completa, não há ligação com atitudes de
posse ou poder. Nada é capaz de exaltá-la ou aniquila-la.
   
Por corresponder a uma centralização interior, permite a quem está sob o seu domínio,
uma atitude de equilíbrio frente a qualquer tipo de desordem real ou psíquica.

Como a mandala, o fogo sagrado de héstia (situado no centro de qualquer espaço)
corresponde ao símbolo de integridade ou totalidade.

Profissionalmente, haverá escolhas por trabalhos que requeiram calma e tolerância.
Em relação à sexualidade,atrairá homens que gostam de mulheres auto-suficientes e
sossegadas, ao mesmo tempo. Normalmente, relacionam-se com homens que
dividem as mulheres entre “santas” ou “prostitutas”, que constituem matrimonio com
a primeira e relacionam-se extra-conjugalmente com as segundas.

As dificuldades psicológicas das mulheres tipo Héstia se dão na área que esta
não tem muito trânsito, como sexualidade, intrigas românticas e conflitos em geral.

Pode ter dificuldade de reconhecimento no trabalho, bem como dificuldade de expressão
 verbal quanto aos seus sentimentos.

Para a auto-estima dela é negativo este efeito de desvalorização a que comumente
está sujeita.

Os desafios apresentados pelo retraimento desta Deusa tendem a ser superados quando
está associada a Deusas mais impositivas, como Ártemis e Atenas, e Deusas mais
vinculadas ao relacionamento,pois apenas desta forma ela possui capacidade de expressão,
auto-afirmação e emoção necessárias para um relacionamento e uma aceitação social,
seja profissional ou mesmo afetiva.


(esse texto faz parte de outros seis desenvolvidos para as mulheres
com as quais trabalho; o mito ajuda a formular questões psíquicas
de difícil representação... são como sonhos... os arquétipos se prestam
muito bem a decodificar a linguagem não racional, mas acessível ao inconsciente)

15 de jan. de 2011

Manifestações artísticas da Dança do ventre/Show janeiro

Agora em janeiro haverá um evento no teatro Caballeros de Santiago, onde estarão dançando artistas nacionais, regionais e as bailarinas Tarhira: 

  • Miliane Tahira, 
  • Michele Ramah  
  • Lory Rabie.


O evento está sendo organizado por Priscilla Belle e os convites e informações poderão ser adquiridos com ela.

contato@priscillabelle.com.br