Origem da expressão
A palavra "tantra" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.
Tal denominação tem as suas raízes em fatores históricos muito sutis, pois esta filosofia comportamental, durante a época medieval, foi severamente reprimida na India Hinduista, fortemente espiritualizada. Esta era a forma como os seguidores desta filosofia a viam. Libertadora, mas mantida em segredo (na escuridão)
Dispondo de imensos significados e interpretações, mais ou menos corretos, tais como teia, trama ou entretecido. Tantra pode ser interpretado, mais correctamente, como algo que é regulado por regras gerais.
Descrição
Tantra é uma filosofia hindu muito antiga cuja natureza comportamental mais lhe faz delinear, tendo por características: matriarcal, sensorial, naturalista e desrepressora, também é o Tantra um complexo sistema de descrição da realidade objetiva tornando-o assim uma ciência prática e aplicável, sendo a base do pensamento de um povo muito muito antigo que até hoje faz ecoar sua influência sobre a sociedade contemporânea.
Nas sociedades primitivas não-guerreiras, na qual a cultura não era centrada na guerra, a mulher era fortemente exaltada e até mesmo endeusada, na medida em que dava vida a outros seres humanos. Dai, a qualidade matriarcal. A partir dessa qualidade desdobra-se a qualidade sensorial ("a mãe dá à luz pelo seu ventre e alimenta o filho pelo seu seio") e a desrepressora, tendo que a mãe é sempre mais carinhosa e liberal que o pai, pelo facto de o filho ter nascido do seu corpo e a própria natureza, normalmente, ter o macho de mais agressivo.
Baseado quase inteiramente no culto de Shiva e Shakti, o tantra visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força ativa, masculina, de Shiva) e Shakti (a força passiva, feminina, de sua esposa, conhecida também como Kali, Durga, Parvati e outras).
Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundaliní, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha que ascende através dos chakras até se obter a união entre Shiva e Shakti, também conhecida como samadhi.
No Tantra, ao contrário da maioria das filosofias espiritualistas, se vê o corpo não como um obstáculo mas como um meio para o conhecimento, para o Tantra, todo o complexo humano é vivo e possui consciência independente da consciência central e por isso mesmo é merecedor de atenção, respeito e reconhecimento, para tanto, usa mantras (vocalização de sons e ultra sons em sânscrito), yantras (figuras geométricas, desde simples a complexas, como mandalas, por exemplo, que representam as diversas formas de Shakti) e rituais que incluem formas de meditação.
Os dois ramos
Segundo alguns autores o tantra é composto por dois ramos denominados a "mão esquerda" e a "mão direita". Embora o objectivo geral dos dois seja o mesmo, os processos utilizados diferem. A "mão esquerda" está ligada muitas vezes à procura de poderes ocultos e à extroversão de energia psíquica sob forma de capacidades supra-normais. A "mão direita" está ligada à canalização de toda a energia para a elevação espiritual do ser humano. Este é também conhecido como Vidya Tantra ou tantra do conhecimento e a mão esquerda como Avidya Tantra. O tantra correctamente praticado acelera rapidamente o progresso espiritual do ser humano. Apesar disso o tantra é muitas vezes encarado com desconfiança devido a certos aspectos do avidya tantra. É bem conhecido o fato de que o Budismo Tântrico sempre enfatiza a necessidade de supervisão por um orientador de confiança.
Influência no ocidente
Alega-se que o tantra teve forte influência no ocidente nas ciências ocultas. Diversos ramos do ocultismo contemporâneo, particularmente os que se dizem gnósticos ensinam alguma versão de "sexo sagrado", e são conhecidos pela expressão "espermo-gnósticos".
Muito da linguagem sexual encontrada na alquimia supostamente tem sua origem em tradições orientais relacionadas com o Tantra.
Particularmente a linha thelemita, fundada pelo polêmico mago e ocultista do início do século XX, Aleister Crowley, alega ter levado essa influência ao seu maior extremo e se apresenta como um tantra ocidentalizado.
Outra linha tântrica, que pode ser chamada de Tradição da Mão Direita, foi muito difundida, Arnold Krumm-Heller e Samael Aun Weor. Para eles, o Tantra teria como "braço mágico" certas práticas que canalizariam a energia sexual para o Despertar da Consciência Espiritual.
Alquimia é transmutação. Pelo caminho da alquimia tântrica o homem procura voltar a ser a “imagem e semelhança de Deus”, como no princípio, isto é, andrógino. A androginia é a pedra filosofal da alquimia tântrica.
O segredo da androginia é que para ser criada precisa não só da união dos dois opostos mas, também, da inversão dos valores dos mesmos. A androginia pode ser alcançada fisicamente, no maituna, onde o orgasmo simultâneo produz um desdobramento do quinto corpo e fusiona os espíritos masculino e feminino, e pode ser, ainda, endócrina, psíquica e espiritual.Cada capítulo é uma sinalização nesse caminho.
O tantrismo é como caminhar em uma corda bamba que lhe faz super-homem, porque, se você não cair, está quase aprendendo a voar - adverte o mestre para o discípulo que decidir experimentar o caminho secreto da alquimia tântrica.
O segredo da androginia é que para ser criada precisa não só da união dos dois opostos mas, também, da inversão dos valores dos mesmos. A androginia pode ser alcançada fisicamente, no maituna, onde o orgasmo simultâneo produz um desdobramento do quinto corpo e fusiona os espíritos masculino e feminino, e pode ser, ainda, endócrina, psíquica e espiritual.Cada capítulo é uma sinalização nesse caminho.
O tantrismo é como caminhar em uma corda bamba que lhe faz super-homem, porque, se você não cair, está quase aprendendo a voar - adverte o mestre para o discípulo que decidir experimentar o caminho secreto da alquimia tântrica.
A teoria do Orgasmo - Reich
...a sexologia representada por nomes como Forel e Hirschfeld, se ocupava da sexualidade doente, quer dizer das perversões. Não havia qualquer pesquisa científica que permitisse construir uma teoria a respeito da função da sexualidade, capaz inclusive de preencher a lacuna deixada pela teoria econômico social de Marx, uma vez que nesta, a questão da família é em si mesma cheia de elementos emocionais e irracionais que nos remetem à moral e não à ciência natural. Reich procurou preencher essa lacuna em seus livros:“A Revolução Sexual” – 1945 e “A Psicologia de Massas do Fascismo” – 1946. Nesses livros fica claro que o problema nunca foi a forma da família ou a questão da procriação em si, mas o fato de que a família e a procriação tinham obscurecido desde o início a função do prazer biológico do animal humano. A potência orgástica, o cerne da posterior sociologia sexo econômica de Reich, só foi descoberta e descrita entre 1920 e 1927. Reich ainda esclarece: “Em suma, todos os esforços para compreender e reorganizar a sociedade operaram-se sem nenhum conhecimento do problema biosexual do animal humano”.
Quando Reich escreveu seu livro “A Função do orgasmo”, o primeiro deles, 1925, 1927 – tentava já utilizar a questão da sexualidade de modo sócio político. Entendia os problemas econômicos trazendo limitações externas que se somavam às inibições genitais já individualmente condicionadas, despotencializando assim os indivíduos, tornando-os enfraquecidos, sedentos por autoridade externa e vulneráveis ao sadismo de alguns grupos fascistas. “O sonho de uma melhor existência social permanece sendo apenas um sonho, exatamente porque acima de tudo, no plano individual, continua comprometida a capacidade de satisfação genital. A grande miséria em que o homem se acha enredado, é devido a sua couraça caracterológica, que dificulta que ele acesse suas grandes potencialidades uma vez que o afasta da sua natureza primária e portanto da necessidade de viver em uma sociedade que permita que ele realize seu sonho de uma vida socialmente realizadora, e ainda, fornece justificativas para essa fuga ...” Esclarece Reich em “O Éter, Deus e o Diabo” - 1949
A energia sexual é gerada no corpo e necessita liberar-se através da convulsão orgástica que envolve todo o organismo. Se esta liberação natural fica inibida, se produz um represamento dessa energia (estase), que dá origem a todo tipo de mecanismos neuróticos. A liberação dessa energia bloqueada através do restabelecimento da função do orgasmo é a meta terapêutica, já que desta forma se restabeleceria o fluxo natural da bioenergia e conseqüentemente se eliminaria a neurose.
Finalmente, gostaria de citar Reich ainda uma vez mais, no texto sobre o Funcionalismo Orgonômico, escrito por volta de 1947. “Tudo que fiz, foi realizar uma descoberta fundamental, superando o irresponsável porém compreensível acanhamento, no que se refere ao processo central da sexualidade. Eu meramente descobri a função do orgasmo, mas eu fiz isso de uma forma completa e consistente.”
Muito ainda haveria para falar sobre o que Reich chamou de “A Função do Orgasmo, mas talvez o mais importante seja dizer que essa pesquisa permitiu que outras portas fossem sendo abertas. Reich, além de descobrir a função terapêutica do orgasmo abriu caminho para uma consistente investigação científica que vai desce o funcionamento das amebas ao comportamento das galáxias.
Quando Reich escreveu seu livro “A Função do orgasmo”, o primeiro deles, 1925, 1927 – tentava já utilizar a questão da sexualidade de modo sócio político. Entendia os problemas econômicos trazendo limitações externas que se somavam às inibições genitais já individualmente condicionadas, despotencializando assim os indivíduos, tornando-os enfraquecidos, sedentos por autoridade externa e vulneráveis ao sadismo de alguns grupos fascistas. “O sonho de uma melhor existência social permanece sendo apenas um sonho, exatamente porque acima de tudo, no plano individual, continua comprometida a capacidade de satisfação genital. A grande miséria em que o homem se acha enredado, é devido a sua couraça caracterológica, que dificulta que ele acesse suas grandes potencialidades uma vez que o afasta da sua natureza primária e portanto da necessidade de viver em uma sociedade que permita que ele realize seu sonho de uma vida socialmente realizadora, e ainda, fornece justificativas para essa fuga ...” Esclarece Reich em “O Éter, Deus e o Diabo” - 1949
A energia sexual é gerada no corpo e necessita liberar-se através da convulsão orgástica que envolve todo o organismo. Se esta liberação natural fica inibida, se produz um represamento dessa energia (estase), que dá origem a todo tipo de mecanismos neuróticos. A liberação dessa energia bloqueada através do restabelecimento da função do orgasmo é a meta terapêutica, já que desta forma se restabeleceria o fluxo natural da bioenergia e conseqüentemente se eliminaria a neurose.
Finalmente, gostaria de citar Reich ainda uma vez mais, no texto sobre o Funcionalismo Orgonômico, escrito por volta de 1947. “Tudo que fiz, foi realizar uma descoberta fundamental, superando o irresponsável porém compreensível acanhamento, no que se refere ao processo central da sexualidade. Eu meramente descobri a função do orgasmo, mas eu fiz isso de uma forma completa e consistente.”
Muito ainda haveria para falar sobre o que Reich chamou de “A Função do Orgasmo, mas talvez o mais importante seja dizer que essa pesquisa permitiu que outras portas fossem sendo abertas. Reich, além de descobrir a função terapêutica do orgasmo abriu caminho para uma consistente investigação científica que vai desce o funcionamento das amebas ao comportamento das galáxias.
Dança do ventre: Corpo, Mente e Alma em Movimento
Felipe Salles Xavier
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A dança do ventre foi a primeira forma de expressão do feminino, ela surge em várias culturas. Há indícios de que possa ter surgido no antigo Egito por volta de 7.000 a.C., onde era realizada por sacerdotisas para rituais de fertilidade, e também existem pesquisadores que acreditam que ela tenha surgido com um povo mais antigo, os sumérios, proveniente de um ritual sagrado.
As atribuições artísticas só foram incorporadas com a invasão dos árabes ao território egípcio, quando os padrões da dança foram miscigenados, adicionando um caráter comemorativo, onde se celebra as formas de vida, a magia, o nascimento.
O verdadeiro nome dessa dança é Raks Sharki (dança do oriente), nos Estados Unidos é conhecida como Belly Dance (dança da barriga), e no Brasil é chamada de Dança do Ventre. É uma dança produzida por mulheres e para as mulheres, foi desenvolvida num tempo onde as deusas estavam vivas e presentes em forma de mito, num tempo onde a mulher e a serpente eram sagradas.
A serpente é um símbolo mítico ligado ao feminino, à fertilidade, a regeneração e a saúde. Ela também incorpora o ciclo da vida, enquanto Ouroboros, a serpente que morde a própria cauda, representa a evolução própria, a continuidade, a auto-fecundação, a proximidade entre o mundo superior e inferior, e ainda a idéia de eterno retorno.
Os mitos são a conscientização de arquétipos do inconsciente coletivo, neles encontramos representações internas, transcendentes e coletivas, que servem para organizar o funcionamento psíquico e o comportamento, de acordo com o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, os mitos ilustram arquétipos, estes não podem ser descritos, entretanto podem ser "representados".
Os mitos são a conscientização de arquétipos do inconsciente coletivo, neles encontramos representações internas, transcendentes e coletivas, que servem para organizar o funcionamento psíquico e o comportamento, de acordo com o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, os mitos ilustram arquétipos, estes não podem ser descritos, entretanto podem ser "representados".
Segundo James A. Hall, os arquétipos são padrões universais, determinantes inatos da vida mental, é uma parte não individual da psique, e algo coletivo, resumindo, são tendências herdadas no inconsciente coletivo, que faz com que os indivíduos se comportem de forma semelhante aos ancestrais que passaram por situações parecidas.
A dança do ventre está intimamente ligada ao arquétipo da Grande Deusa-Mãe, que está relacionado à criação, ao nascimento, à fertilidade, àquilo que é puro e sagrado.
"Em cada ser humano existe, no mais profundo do seu mundo interior, a recordação da Mãe. Mãe como natureza, mãe como mulher que gerou e criou, mãe como símbolo de toda a poderosa força criadora individual e universal. São impressões psicológicas muito antigas, relacionadas com a experiência do nascimento e da morte. A imagem arquetípica de uma formidável energia que pariu tudo o que existe fica latente no plano inconsciente até que se ative pelas experiências da vida, ou seja, despertada por meios invocatórios, como na dança ritualística. Qualquer mulher, quando vai ser mãe, sofre certa estimulação inconsciente desse arquétipo. Na prática, tudo funciona para que ela se adapte da melhor maneira possível à tarefa de parir, usando o acervo humano de incontáveis experiências. O arquétipo da Grande Mãe é uma espécie de banco de dados de incontáveis experiências de concepção, gestação, parto e cuidados maternais registrados no inconsciente. Tudo é parte do amplo conjunto de memórias do processo evolutivo humano." (PENNA, 1993, p. 87 - 88)
A dança do ventre está intimamente ligada ao arquétipo da Grande Deusa-Mãe, que está relacionado à criação, ao nascimento, à fertilidade, àquilo que é puro e sagrado.
"Em cada ser humano existe, no mais profundo do seu mundo interior, a recordação da Mãe. Mãe como natureza, mãe como mulher que gerou e criou, mãe como símbolo de toda a poderosa força criadora individual e universal. São impressões psicológicas muito antigas, relacionadas com a experiência do nascimento e da morte. A imagem arquetípica de uma formidável energia que pariu tudo o que existe fica latente no plano inconsciente até que se ative pelas experiências da vida, ou seja, despertada por meios invocatórios, como na dança ritualística. Qualquer mulher, quando vai ser mãe, sofre certa estimulação inconsciente desse arquétipo. Na prática, tudo funciona para que ela se adapte da melhor maneira possível à tarefa de parir, usando o acervo humano de incontáveis experiências. O arquétipo da Grande Mãe é uma espécie de banco de dados de incontáveis experiências de concepção, gestação, parto e cuidados maternais registrados no inconsciente. Tudo é parte do amplo conjunto de memórias do processo evolutivo humano." (PENNA, 1993, p. 87 - 88)
As mulheres que praticam essa dança entram numa espécie de viagem interior, onde ganham contato com vários símbolos, emoções e sensações ainda não experimentadas, surgem assim as imagens arquetípicas, na dança do ventre alguns desses arquétipos são: Materno, Odalisca, e o da Prostituta Sagrada, esses dois últimos estão associados à sensualidade, aos desejos e ao prazer.
O arquétipo Materno surge de diversas formas, mas sempre de uma simbologia própria, para diversos psicólogos junguianos, o arquétipo da Grande Deusa-Mãe é o próprio arquétipo Materno. A imagem da Grande Deusa-Mãe surge através da história das religiões, e se estende em várias imagens arquetípicas. Nos olhares da psicologia nos relacionamos com o arquétipo Materno através da própria mãe e a avó, da madrasta e a sogra, e outras mulheres com as quais nos sentimos bem, também com a igreja, a universidade, a cidade, a floresta, a lua, útero e outros. São todos esses e muitos mais os símbolos que tratam deste arquétipo. Algumas características que esses arquétipos trazem são: a bondade, o feminino, a sabedoria, a espiritualidade, o cuidado, o instinto, a fertilidade, o oculto, o obscuro, o renascimento, o sedutor, o venenoso, o pavor e o mortal.
A Odalisca é uma dançarina que se utiliza de homens para satisfazer sua sexualidade, ela traz a sensualidade como forma de vida. É uma mulher comum que serve sexualmente no harém do rei, uma de suas técnicas de sedução é a dança do ventre. Esse arquétipo fala da relação com o próprio desejo. As mulheres em contato com ele vivem a idéia de serem vistas como deusas da beleza, da sensualidade e do prazer, o que é uma condição psicológica existencial, aonde vêem o sexo como uma forma de domínio pelo prazer, isso é uma necessidade de acabar com a própria impotência, inferioridade que tem inconscientemente.
A Odalisca é uma dançarina que se utiliza de homens para satisfazer sua sexualidade, ela traz a sensualidade como forma de vida. É uma mulher comum que serve sexualmente no harém do rei, uma de suas técnicas de sedução é a dança do ventre. Esse arquétipo fala da relação com o próprio desejo. As mulheres em contato com ele vivem a idéia de serem vistas como deusas da beleza, da sensualidade e do prazer, o que é uma condição psicológica existencial, aonde vêem o sexo como uma forma de domínio pelo prazer, isso é uma necessidade de acabar com a própria impotência, inferioridade que tem inconscientemente.
A Prostituta Sagrada é uma fêmea humana que encarna as diversas deusas do amor, paixão e da fertilidade, algumas dessas são: Inana (Suméria), Istar (Babilônia), Ísis e Bastet (Egito), Astarte (Fenícia), Afrodite (Grécia) e Vênus (Roma). Ela representa a sexualidade de forma divina, é a sexualidade feminina sendo reverenciada, são responsáveis pela felicidade sexual e pelo desejo. Ao rejeitá-la, traz insatisfação.
As mulheres tomam contato com essas informações do inconsciente através de visões e sonhos que aparecem depois de algum tempo do trabalho corporal que é feito. O ideal é que as praticantes dessa arte busquem uma psicoterapia junguiana para trabalhar os símbolos e entrar em contato com o seu verdadeiro eu.
Outro fator importante na dança do ventre é o trabalho bioenergético que se realiza, os movimentos trabalham alguns músculos, o que faz com que as couraças se dissolvam, liberando as emoções que no decorrer de nossas vidas ficam presas ao corpo.
Boyesen (1988) diz que as couraças são tensões que são geradas ao longo da vida, servem para proteger o indivíduo de experiências dolorosas e ameaçadoras.
Boyesen (1988) diz que as couraças são tensões que são geradas ao longo da vida, servem para proteger o indivíduo de experiências dolorosas e ameaçadoras.
Para os psicoterapeutas corporais, o corpo conta a história de vida de cada indivíduo, e o trabalho corporal é necessário para que ocorra a liberação de emoções "engarrafadas" no corpo e para um melhor fluxo de energia orgônica, o que nos proporciona uma melhor qualidade de vida.
Segundo Wilhelm Reich, médico e psicanalista o Orgone é uma energia universal, sem massa e nem inércia, que está em tudo o que é vivo, e pode ser acumulado no corpo através da respiração profunda.
Na dança do ventre é fundamental o trabalho com muitos músculos e com respiração profunda, o que é base no trabalho corporal, os seus movimentos atuam diretamente nos desbloqueios das couraças e no acúmulo de orgone.
Nessa abordagem levamos em conta que o corpo é um local privilegiado da subjetividade de cada um, e deve ser respeitado como tal.
A dança do ventre religa as suas praticantes ao feminino, ao sentimental, ao puro, ao sagrado, ao prazeroso, nos remete a tudo aquilo que é essencial e a sociedade atual não tem tempo para desfrutar, uma construção humana primordial. Nessa jornada do auto-conhecimento entramos num processo de auto-cura onde há aumento da auto-estima, sensualidade, sexualidade, do gosto pela vida e melhor fluxo de nossas próprias idéias.
Então com olhares de duas abordagens psicológicas diferentes, podemos ver que trabalham excelentemente bem juntas, um trabalho corporal e analítico, nos faz entrar em contato com a nossa verdade, com nossos símbolos, com o sagrado e com nosso corpo, é a aproximação de corpo, mente e alma.
Então com olhares de duas abordagens psicológicas diferentes, podemos ver que trabalham excelentemente bem juntas, um trabalho corporal e analítico, nos faz entrar em contato com a nossa verdade, com nossos símbolos, com o sagrado e com nosso corpo, é a aproximação de corpo, mente e alma.
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