5 de fev. de 2012

A dança de Iemanjá e sua simbologia

Iemanjá
Por Debora Rocco em January 7, 2008





Esta Deusa Lunar das Mudanças, é considerada Rainha dos Mares, a sua abrangência na Vida é bastante ampla.

Ela rege o destino das coisas que precisam ser modificadas, e traz novo alento a todos aqueles estão submergidos em problemas.

Iemanjá rege a mudança no ritmo da Vida, pois ela esta ligada ao Elemento Água.

Ela preside os rituais relacionados com o nascimento e a volta as origens, que é a morte, e também aos movimentos que se caracterizam pelo desenvolvimento das coisas, e dos projetos, assim como a expansão e a propagação de novas ideias.

Os rituais principais dedicados a Ela, celebram-se o dia 2 de Fevereiro.

O arquétipo de Iemanjá, assim como o da Deusa Artemis, é responsável pela identificação que as mulheres experimentam de si mesmas, e que as leva a sua própria individualidade.

Quando a Deusa Iemanjá dança, ela corta o ar com uma espada em sua mão, simbolizando com esse corte um ato psíquico que conduz a individualização, pois ao separar as coisas, deixa somente aquilo que é necessário para que a individualidade aconteça.

A Espada Dela, símbolo do Poder Cortante, que permite discriminar e ordenar os aspectos da psique, também pode levar ao abraço de sereia da Deusa, que é a morte.

Quando dança, a Deusa coloca a mão na cabeça, indicando assim a sua individualidade e por isso, é chamada de”Yá Ori”, ou “Mãe de Cabeça”.

No ritmo dos tambores, Ela toca a nuca com a mão esquerda, simbolizando o passado da humanidade, o “Mar do Inconsciente Cósmico”, a nossa origem eterna, a e a testa com a mão direita, significando o futuro em direção à consciência individualidade, de cada um de nós.

A Deusa Iemanjá dança o seu Poder representando a origem mitológica da humanidade, unindo o passado e o futuro, materializando um presente sempre eterno, através do despertar da consciência do que somos aqui e o agora, neste exato momento de nossa existência, pois sem passado não ha futuro, sem saber de onde viemos não sabemos o que somos, nem para onde vamos.

Sendo assim, Ela nos lembra em seus rítmicos passos, que a totalidade está na união dos opostos, do consciente com o inconsciente, do passado com o futuro, e dos aspectos masculinos com os femininos, que existem em todos nós.

As mulheres que estão em íntima conexão com esta Deusa, conhecem seus ciclos lunares, e como ele afeta suas vidas ao relacioná-las com as fases do astro prateado, aceitando em si mesmas a presença inegável do vai e vem das marés da Vida e do Amor, berço do rico psiquismo feminino.

Compreender e aceitar Iemanjá, equivale a compreender e aceitar a nós mesmas, por que este entendimento, nos encaminha à nossa individualidade, à descoberta dos Ser único que somos, como somos e porque de nossa existência.

O mito desta Deusa das Águas, é o mito de toda mulher, enquanto Criadora e força motriz de toda Vida, que não só começa na água, como depende dos ciclos da Lua, intensamente vividos por nós, e que propaga a existência, nas mudanças de todas as coisas, num interminável nascer, viver, morrer, e novamente renascer, nas “Águas da Mãe Iemanjá”.

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