3 de nov. de 2015

Educador: agente de transformação externa e interna, um eterno aprendiz!

                                                                                                    Foto: Iara Castro



O espaço escolar é eminentemente espaço de aprendizagem. Todos os atores aprendem o tempo todo: aprendem a ser, aprendem a fazer, aprendem a se adaptar e existir melhor em situações de equiparação de igualdade de oportunidades, aprende a conviver. Princípios inerentes a cidadania, muito mais amplos do que conceitos disciplinares.
A história da educação, entretanto, é permeada de muitas passagens diversas e controversas sobre o que é ensino e sobre o que é aprendizagem e, na maioria das vezes e das épocas centrando o primeiro sobre a responsabilidade do professor e o segundo sobre o processo almejado para o aluno.

Muitos teóricos foram resignificando esta separação entre estes dois campos, para citar só alguns: Paulo Freire, Vigotski e Bakhtin, cada um sob um prisma de pensamento, Freire com e educação libertadora e desopressora, Vigotski  por conceber a mediação como forma de aprender, mobilizando as zonas de desenvolvimento entre todos os sujeitos aprendentes, sendo o professor o principal mediador, mas não o único, e  Bakhtin quando propõe a relação como dialógica em que os saberes se transformam a partir de enunciados e enunciações. Todos estes téoricos convergem sobre o prisma de que o professor aprende e  de que o aluno não é um ser passivo que depende de informações e instruções que sejam unívocas.

Quando há ensino há também aprendizagem e vice-versa, já que para o sujeito aprender tem que refletir, se perguntar, confrontar hipóteses e se auto mediar. Entretanto, mesmo entendendo que ,em um espaço escolar, todos os sujeitos ensinam e aprendem, há que se ter um destaque para aquele que tem a função social de organizar e sistematizar o seu saber para mediar os saberes daqueles que ali estão com o objetivo claro e explícito de aprendizagem: o aluno.
Mas como propôr uma aprendizagem significativa e transformativa se este sujeito não exerce um posicionamento auto reflexivo de si como ser social que forma a si mesmo, é formado e se (trans)forma?

É necessário que a escola tenha, claramente,esta intencionalidade demarcada e praticada, em que a identidade profissional docente seja discutida, refletida, pensada. As práticas pedagógicas devem ser refletidas e valorizadas, pois para transformar o outro, é necessário antes, transformar a si mesmo,..

Miliane Tahira 

2 comentários:

  1. O difícil é esse transformar a si mesmo. Há os(as) que resistem a essa transformação e muitas vezes insurgem-se contra quem já atingiu esse patamar.

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    1. Olhar para dentro doi, caro Jaguaracy. Mas como diria Carl Gustave Jung: " Quem olha para dentro acorda, quem olha para fora, dorme". Abraços.

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